terça-feira, abril 17, 2007

Email de Óoense

Respondendo ao apelo efectuado por nós, surgiram os primeiros envios de artigos para o nosso e-mail (ourondo@hotmail.com)...
Portanto, aqui está o primeiro artigo da autoria de um Óoense que desejou manter o anonimato (precavendo-se de levar "porrada"):

Nos anos seguintes ao 25 de Abril de 1974, dadas as grandes carências existentes todas as autarquias elegeram como primeira prioridade a construção infra-estruturas básicas (electricidade, agua, esgotos etc.), assim se ganhavam eleições e era disso que o povo gostava, mais, era disso que as nossas aldeias e vilas necessitavam.
Durante anos e anos electrificaram-se aldeias, construíram-se escolas (que agora fecham), ringues desportivos, praias fluviais e rasgaram-se centenas de quilómetros de novas estradas, hoje passados mais de 30 anos apesar de ainda haver algum trabalho a fazer nessa área, é o momento de fecharmos um ciclo e entrarmos numa nova fase, é o momento de definir novos rumos, novos objectivos como: o desenvolvimento económico, a fixação de população, a procura de investimento privado e o apoio pequenas e médias empresas são vectores de orientação que têm de estar no topo das preocupações dos nosso autarcas.
Cada presidente de Câmara ou de Junta de Freguesia têm de ser um vendedor nato da marca “Covilhã” ou “Ourondo“, tem de ter a capacidade para convencer os empresários que vale a pena apostar na nossa região, que a nossa riqueza natural, gastronómica ou cultural são uma boa aposta.
Depois de perdida uma das nossas principais riquezas (a floresta) temos de saber criar novos incentivos empresários de outros ramos de negócio, como o turismo, o artesanato ou até desportos radicais, temos que saber também criar as condições e os apoios para que aqui se instalem, só assim teremos condições para podermos fixar população em vez de continuarmos a assistir à sua fuga para as grandes cidades ou concelhos vizinhos.
Temos de agir rapidamente e aprender com quem já faz bem, temos de aproveitar as oportunidades, mais temos de criar as oportunidades, porque senão o fizermos alguém o fará por nós.
Resumindo o tempo da terra arranjadinha e bonitinha acabou-se, se não conseguirmos criar formas de fixar população no concelho e na freguesia e atrair investimento privado de nada terá servido o cimento e o alcatrão gastos neste últimos anos (aquele que não foi utilizado para fins próprios), terá sido um desperdício de tempo e dinheiro.

Ourondo foi a melhor coisa que aconteceu depois do nascimento do menino Jesus